CNM mantém luta pela mudança no critério de reajuste do piso do magistério
Ivo Gonalves/PMPA/Senado |
Agência CNM
O critério de reajuste do piso nacional do magistério foi
tema de reunião nesta segunda-feira, 5 de agosto, entre a Confederação Nacional
de Municípios (CNM) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Atualmente, o piso nacional do magistério é reajustado a cada
ano, em janeiro, pelo percentual de crescimento do valor mínimo por aluno,
referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano do Fundo de Manutenção
e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
O reajuste obedece a Lei 11.738/2008. Aplicado entre 2010 e
2013, esse critério implica em aumentos acima da inflação do ano anterior e
acima do crescimento da receita do próprio Fundo.
Possível solução
O Projeto de Lei (PL) 3.376/2008, de origem do Executivo
Federal, propõe a substituição do critério atual pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC) acumulado do ano anterior. Este projeto ainda está em
tramitação no Congresso Nacional. Mas, no Senado Federal foi aprovado um
substitutivo que mantém o critério de reajuste do piso previsto na vigente Lei
11.738/2008, apenas com a alteração do reajuste de janeiro para maio.
No debate no Congresso e entre as instituições diretamente
envolvidas no tema, foram apresentados dois critérios “intermediários”: sempre
no mês de maio, reajuste do piso pelo INPC + 50% do crescimento nominal da
receita do Fundeb nos dois anos anteriores ou INPC + 50% do crescimento real da
receita do Fundo.
CNM quer aprovação do Projeto
A CNM defende a aprovação do Projeto de Lei 3.776/2008, por
ser o mais viável para as finanças municipais. A Confederação entende que os
aumentos reais nos vencimentos devem ser negociados entre o governo de cada
ente federado e o respectivo magistério.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, é imprescindível
resolver essa questão ainda neste semestre, para que o reajuste do piso não
ocorra em janeiro de 2014 pelo critério atual. “Na audiência com a presidente
Dilma Rousseff, no dia 12 de julho, ao final da XVI Marcha, conversamos sobre a
necessidade de encontrar, até novembro deste ano, uma solução para a fórmula de
correção do piso dos professores”, informou.
Veja aqui a projeção
do reajuste para 2014, segundo os critérios em discussão
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