O QUE É TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO NA VISÃO DE CASALDÁLIGA !


D. CASALDÁLIGA
Jesus de Nazaré optou pelos pobres, fez dos pobres a sua bandeira, as bem-aventuranças na proclamação da sua missão. Disse ele: “o espírito do Senhor está sobre mim, Ele me ungiu para anunciar a boa notícia aos pobres, anunciar o evangelho aos pobres”.

Ao longo da história a igreja, de um modo ou de outro, tem optado pelos pobres. Só que tem sido frequentemente uma opção de caridade, no sentido de esmola, de assistência.

Aqui na América Latina, depois do Concílio Vaticano II, sob as ditaduras militares, num continente que era e é pobre, oprimido, dependente e, simultaneamente, cristão e fundamentalmente, católico, houve uma série de consciências lúcidas e coerentes, que sublinharam e redescobriram essa opção fundamental de Deus e de Jesus pelos pobres.

Não se podia viver a fé sem traduzi-la numas praxes que não fosse apenas da assistência, mas que fosse também de libertação. Aliás, o grande paradigma do velho testamento é Deus ouvindo o clamor do seu povo escravo no Egito e optando por liberta-lo.

Nenhuma teologia é autêntica se não for libertadora. Como eu insisto sempre, libertadora do pecado pessoal e de qual tipo de escravidão, o que seria um pecado social e estrutural.

Então aqui se vinculou a fé com a praxes da justiça, a Bíblia com a vida. Criou-se, então, uma série de pastorais, como a da terra, do Índio, da criança, da mulher marginalizada, da saúde, da moradia, que foram respondendo às necessidades concretas, sintonizando com toda uma motivação de protesto, de anseio pela libertação.

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