Jair Bolsonaro anuncia homologação de auxílio emergencial para Estados e municípios
Efrém
Ribeiro
Durante
reunião, por videoconferência, com os governadores, na manhã de quinta-feira
(21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou a homologação de
projeto de auxílio
emergencial para estados e municípios, aprovado pela Câmara dos Deputados e
Senado.
Participaram
da reunião virtual
Braga Netto, ministro chefe da Casa Civil da
Presidência da República; Paulo Guedes, ministro da Economia; Jorge Antônio de Oliveira, ministro-chefe
da Secretaria Geral da Presidência da República; Luiz Eduardo Ramos, ministro chefe
da Secretaria de Governo da Presidência da República; e Augusto Heleno, ministro chefe do Gabinete
de Segurança Institucional da Presidência da República.
Entenda o caso:
O
Senado aprovou sábado (2), com 79 votos favoráveis e apenas, um contrário, um
auxílio financeiro de R$ 125 bilhões a estados e municípios para combate aos
efeitos da pandemia da covid-19. O valor, previsto pelo Programa Federativo de
Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020), inclui repasses diretos e suspensão
de dívidas.
Como
o texto que já havia sido aprovado na Câmara foi aprovado no Senado em forma de
um substitutivo apresentado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
a matéria voltará à análise dos deputados. Segundo o presidente, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), a votação deve ocorrer na segunda-feira (4). Se aprovada sem
alterações, a primeira parcela do pagamento do auxílio emergencial aos estados,
municípios e Distrito Federal está prevista para 15 de maio.
Pela
proposta serão direcionados R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais. Desse
total R$ 50 bilhões serão para uso livre (R$ 30 bi vão para os estados e R$ 20
bilhões para os municípios). Como não participa do rateio dos municípios, o
Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, também em
quatro parcelas. Os outros R$ 10 bilhões terão que ser investidos
exclusivamente em ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para os
estados e R$ 3 bilhões para os municípios).
“É
uma matéria de fundamental importância para o enfrentamento à pandemia que
atinge milhares de brasileiros. Estamos fazendo o possível para minimizar os
impactos na economia, educação, segurança e na infraestrutura. É a resposta que
todos os brasileiros estão esperando”, ressaltou o presidente do Senado.
Rateio
A
principal mudança feita por Davi Alcolumbre está na fórmula para repartir os
recursos entre os entes federativos. O senador não concordou com a proposta
aprovada pelos deputados que usava como critério a queda de arrecadação dos
impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISS).
O
rateio por estado será feito em função da arrecadação do ICMS, da população, da
cota no Fundo de Participação dos Estados e da contrapartida paga pela União
pelas isenções fiscais relativas à exportação. Já o rateio entre os municípios
será calculado dividindo os recursos por estado (excluindo o DF) usando os
mesmos critérios para, então dividir o valor estadual entre os municípios de
acordo com a população de cada um.Um dispositivo acrescentado ao projeto
durante a votação determina que estados e municípios deverão privilegiar micro
e pequenas empresas nas compras de produtos e serviços com os recursos liberados
pelo projeto.
Já
os R$ 7 bilhões destinados aos estados para saúde e assistência serão divididos
de acordo com a população de cada um (critério com peso de 60%) e com a taxa de
incidência da covid-19 (peso de 40%), apurada no dia 5 de cada mês. Os R$ 3
bilhões enviados para os municípios para esse mesmo fim serão distribuídos de
acordo com o tamanho da população.
Alcolumbre
usou a taxa de incidência como critério para estimular a aplicação de um maior
número de testes, o que segundo especialistas é essencial para definir
estratégias de combate à pandemia. O índice também serve para avaliar a
capacidade do sistema de saúde local de acolher pacientes da covid-19. Já a
distribuição de acordo com a população visa privilegiar os entes que poderão ter
maior número absoluto de infectados e doentes. Alcolumbre observou que não
adotou o mesmo critério para divisão entre os municípios porque é mais difícil
medir a incidência em nível municipal e para não estimular ações que possam
contribuir para espalhar mais rapidamente a covid-19, como a liberação de
quarentenas.
Edição:Aline Leal - Agência Brasil
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