Nova identidade unificada estará disponível em julho
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O presidente
Michel Temer assinou decreto nesta segunda-feira (5) para criação de um
documento nacional de identificação, o DNI.
Ele dispensará a
utilização do título de eleitor, do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e das
certidões de nascimento e de casamento.
O documento
digital terá validade em todo o território nacional e poderá ser obtido por
meio de aplicativo gratuito em celulares e tablets, chamado "DNI".
Após baixá-lo, o
cidadão precisará cadastrá-lo em um TRE (Tribunal Regional Eleitoral), onde
registrará a sua biometria e validará o novo documento.
A versão piloto
do novo documento começou a funcionar nesta segunda-feira (5), mas apenas para
servidores do Ministério do Planejamento e do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral).
A ideia é que
todos os cidadãos brasileiros tenham acesso ao documento a partir de julho,
após uma série de testes.
A identificação
será integrada também ao banco de dados do Brasil Cidadão.
Em cerimônia de assinatura,
nesta segunda-feira (5), o presidente destacou que a iniciativa dispensa a
utilização de papel e diminui a burocracia para a apresentação de documentos no
país.
"O documento
também será sinônimo de segurança. Em um país com as dimensões do Brasil, a
implementação é complexa, mas estão todos empenhados em torná-la
realidade", disse.
REFUGIADOS
No evento, que
teve as participações dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar
Mendes e Dias Tóffoli, o presidente anunciou o acesso à carteira de trabalho a
refugiados estrangeiros.
Segundo ele, a
ideia é que, a partir de agora, o solicitante da condição de refugiado receba o
documento e a possibilidade de fazer CPF e abrir conta bancária.
Na mesma
cerimônia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que a
medida é uma maneira de facilitar o acesso aos serviços públicos a refugiados
de outros países.
Segundo ela, a
criação do documento fortalece a inclusão social de uma população contra a qual
há "graves ocorrências" de episódio de xenofobia e de trabalho
escravo.
Ela ressaltou que
há hoje cerca de 92 mil estrangeiros com solicitações ativas de refúgio no
Brasil."O migrante só recebia um protocolo, mas não tinha direito a uma
identificação civil. O Ministério Público espera que essa medida tenha efeitos
positivos para maior inclusão social", disse.
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