Deu na Veja: Maranhão prepara adeus a Sarney

Deu na Veja: Maranhão prepara adeus a Sarney


O site da revista Veja destacou neste domingo a manchete “Maranhão prepara adeus a Sarney“. A reportagem diz que “desde 1966, apenas um governador se elegeu contra a vontade de José Sarney".


O site da revista Veja destacou neste domingo a manchete “Maranhão prepara adeus a Sarney“. A reportagem diz que “desde 1966, apenas um governador se elegeu contra a vontade de José Sarney. Neste ano, o grupo dá sinais claros de enfraquecimento com a aposentadoria de Sarney e a desistência de Roseana de disputar as eleições”.

A reportagem esteve na cidade de Presidente Sarney e conta que o analfabetismo está na casa dos 40%. “A cidade é o melhor exemplo do que, 48 anos atrás, o recém-eleito governador José Sarney apontava como o dilema maranhense: ‘O Maranhão não suportava mais, nem queria, o contraste de suas terras férteis, de seus vales úmidos, de seus babaçuais ondulantes, de suas fabulosas riquezas potenciais com a miséria, com a angústia, com a fome e o desespero’.”

O texto acrescenta que o contraste continua: “Em 2014, as casas de pau a pique continuam existindo por todo o território maranhense. O Estado tem o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil”.

“Mas, hoje, às vésperas de se aposentar, o outrora jovem político se tornou o maior símbolo daquilo que dizia combater. Desde 1966, apenas um governador se elegeu contra a vontade de Sarney: Jackson Lago, em 2006. Ele não concluiu o mandato porque foi retirado do posto pela Justiça Eleitoral. Quem assumiu o cargo foi Roseana Sarney. O nome de Sarney, seus parentes e aliados está presente em incontáveis escolas, pontes, rodovias, avenidas, hospitais, fóruns e municípios – além de Presidente Sarney, existe a cidade de Governador Edison Lobão.”

Segundo a Veja, Sarney e seu grupo, em cinco décadas, “foram incapazes de dar aos municípios maranhenses um padrão de vida digno. Ao mesmo tempo, recorreram a métodos condenáveis de cooptação política. Sarney assumiu o cargo como um renovador: era um jovem político de boa formação intelectual e pouco ligado aos coronéis. Aos poucos, ele concentrou um poder muito superior ao dos cargos que ocupava”.

A Veja diz que “o nome que pode derrotar o grupo de Sarney é o de Flávio Dino (PC do B), um ex-juiz federal que aparece com uma larga vantagem nas pesquisas de intenção de voto. Ele tem a seu lado partidos de peso, como PSDB e PP, e atrai até mesmo uma ala considerável do PT – que, oficialmente, apoia Lobão Filho (PMDB)”.


“Nós queremos derrotar o Sarney como um caminho para o Estado crescer. É um poder familiar, patriarcal, patrimonialista e oligárquico impede que o Estado desenvolva suas potencialidades”, diz o candidato à Veja.

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