“Nosso princípio é oferecer projeto” para o MA, diz Flávio Dino sobre alianças
“Nosso princípio é oferecer projeto” para o MA, diz Flávio Dino sobre alianças
Líder nas pesquisas divulgadas até então e considerado
favorito para a eleição de governador, Flávio Dino busca conduzir com
tranquilidade o processo final de montagem da sua chapa majoritária. Diz
desconhecer ameaças do PDT e PSDB, quanto à exigência da vaga de
vice-governador para ter o apoio declarado.
O pré-candidato ao governo diz que também ainda espera o
apoio do PT e que não necessariamente o partido deve ter um espaço na chapa
majoritária para declarar apoio, afinal o seu projeto é construído por ideias e
não de pessoas. Fala que é natural ele contar com o apoio de diferentes
presidenciáveis e assim manter o pedido de votos a todos, afinal assim pode-se
chegar à vitória.
Quanto a sua prioridade número um, caso vença a eleição é
proporcionar a melhoria imediata e substancial dos índices sociais do estado.
1- Flávio, o senhor
é líder nas pesquisas e o grupo adversário no momento ainda nem possui
candidato. Como não entrar no clima de “já ganhou”?
Flávio Dino - Ninguém ganha eleição por antecipação. Encaro a liderança das
pesquisas com os dois pés bem firmes no chão. Agradeço muito a confiança que a
população deposita em nossa pré-candidatura. Nós vamos trabalhar muito até
outubro para manter esse grande apoio à ideia de um novo ciclo político no
Maranhão.
2- Sobre a vaga de vice-governador. PDT, PSDB e
Solidariedade, qual partido irá indicar o nome? E quando será este anúncio?
Flávio Dino - Estamos construindo esse processo, com prudência e respeito
aos pleitos dos vários partidos, todos absolutamente legítimos. Acharemos uma
solução democrática, assim como fizemos em relação ao Senado, com a
pré-candidatura de Roberto Rocha. Diálogo é a marca da nova política que
queremos fazer no Maranhão. Temos um prazo legal para isso, que são as
convenções, e o tempo próprio da política, que pode amadurecer essa decisão
antes disso.
3- O PDT e PSDB
ameaçam romper, caso não sejam os escolhidos. O que será feito para mantê-los
unidos em torno de sua candidatura?
Flávio Dino - Desconheço tais “ameaças”, pelo contrário: os dirigentes
desses partidos tem muita maturidade para conversarem com todos, e assim tem
sido feito. Quem está em crise no
Maranhão não é o campo da oposição, que já conseguiu construir consenso em
torno de dois postos importantes na chapa. Tenho confiança de que o sentido de
responsabilidade de todos com o Maranhão vai prevalecer e vamos construir uma
solução madura para essa disputa.
4- E o senhor ainda
deseja o apoio do PT? Se sim, onde o senhor acomodaria esse partido?
Flávio Dino - Desejamos o apoio de todos os partidos que queiram somar-se a
esse processo cujo grande construtor é o povo do Maranhão. Isso inclui o PT,
lógico, até porque suas bases sempre estiveram ao nosso lado. Mas o nosso
princípio para fazer aliança não é oferecer cargos, é oferecer um projeto. A
decisão do PT vir conosco depende disso, de uma opção deles em integrar esse
grande partido maior que cada um de nós, o partido do Maranhão. Faço novamente
o convite público para que o PT e os petistas nos ajudem nessa caminhada.
5- O senhor é
apoiado pelo Eduardo Campos e pode receber a adesão do Aécio Neves. Mas mesmo
assim ainda existe a possibilidade do senhor de pedir votos para a presidente
Dilma?
Flávio Dino - Nossa aliança tem partidos que apoiam os três
presidenciáveis. Isso é absolutamente natural e não há nenhum problema. Foi com
uma aliança assim, em que forças nacionais concorrentes se uniram no plano
estadual, que o Acre derrotou a sua oligarquia e iniciou uma nova etapa na sua
história. Queremos unir forças em nome do Maranhão, não em torno de pessoas.
6- Sendo eleito
governador e havendo reeleição da presidente Dilma, como será a relação do
estado com o governo federal?
Flávio Dino - Qualquer que seja o próximo presidente da República, teremos
uma relação de colaboração para retirar nosso Estado da situação de injustiças
sociais em que se encontra. O fato de ter exercido funções de âmbito nacional,
nos 3 Poderes, me permitiu ter condições de dialogar e trabalhar com quem quer
que seja o próximo Presidente. Hoje, o Brasil inteiro torce pelo Maranhão,
torce pela mudança, e por isso tantas forças se encontram junto conosco. A
derrota do grupo dominante é uma virada de página necessária para o nosso
Estado, e também um sinal de que a velha política, do clientelismo e do
coronelismo, perde força no Brasil inteiro. Precisamos derrotar as perseguições
e chantagens como métodos de acao politica.
7- Com quantos
prefeitos espera contar na sua campanha para governador?
Flávio Dino - Serão dezenas e a cada dia são mais. Nossos apoios entre as
lideranças municipalistas aumentam a cada dia. Sou representante da causa
municipalista, de um governo descentralizado e participativo. Porém, o mais
importante não é saber com quantos eu vou contar para vencer a eleição, e sim
assegurar a todos os prefeitos que, se nós vencermos o pleito, eles contarão
com o apoio e o respeito do governador e do governo, independentemente de
preferências partidárias. Nós queremos acabar com a prática da perseguição e da
exclusão política no Maranhão, pois quando o governo do estado trata mal uma
prefeitura porque ela é de oposição, como muitas vezes acontece, ele na verdade
está tratando mal o povo da cidade.
8- O sentimento de
mudança está contagiando não só a população, mas também a classe política?
Flávio Dino - Sim, o povo quer transformações, e a força com que ele
demonstra esse sentimento ajuda a que muitas lideranças políticas passem a
caminhar conosco. Existem muitos maranhenses de bem que já estiveram ao lado do
grupo dominante, não cabe a ninguém ser juiz da opção política dos outros.
Sabemos que muitas dessas pessoas, sem que isso seja incoerente, estão
amadurecendo a ideia de que 50 anos é tempo demais, que o Maranhão precisa do
oxigênio da alternância do poder para avançar. E estão vendo que é possível
mudar, que chegou a hora, que agora temos força pra vencer as eleições e
governar esse estado. Por isso a cada momento as adesões crescem, no povo e na
classe política.
9- O senhor fez
uma campanha por eleições limpas. Por qual motivo surgiu esse pedido?
Flávio Dino - Porque nós sabemos que o domínio do grupo político
adversário, nesses quase 50 anos, também passou por práticas eleitorais
condenáveis. Uso indevido de verbas do governo, eleições duvidosas, compra de
votos, mentiras e agressões morais são algumas das práticas com as quais
infelizmente o Maranhão tem convivido. Queremos um Maranhão de novas práticas,
em que a verdade prevaleça e o debate eleitoral seja feito de forma honesta,
transparente e respeitosa.
10- Eleito governador, qual seria sua prioridade
número 1?
Flávio Dino - Nossa prioridade é incentivar a produção no campo e nas
cidades, e levar os serviços públicos essenciais a todos os maranhenses. Com
isso, vamos alcançar nossa meta que é melhorar os indicadores sociais do
Maranhão. Eu acredito no nosso estado, nas suas potencialidades econômicas, na
capacidade de nossa gente. Podemos gerar mais riqueza e distribuir seus frutos
a todos os maranhenses. Não há nada que nos condene a estar sempre nos últimos
lugares em indicadores como saúde, segurança, saneamento, habitação. Eu quero
colocar em marcha mudanças na área social que coloquem o Maranhão no mesmo
nível dos estados líderes do Brasil
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