ONU destaca Regional de Saúde de Balsas por marca histórica de zero morte materna nos últimos 365 dias
O ano de 2018 se encerrou com uma conquista para as mães e
gestantes do Maranhão. A Regional de Saúde de Balsas, área que engloba 13
cidades do sul do estado, alcançou na sexta-feira passada a marca histórica de
zero morte materna nos últimos 365 dias. O avanço é fruto do trabalho conjunto
da Secretaria estadual de Saúde e das pastas municipais com a Organização Pan-Americana
da Saúde (OPAS) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).
Uma das ações que permitiram chegar a esse resultado foi a
abertura de um hospital regional com serviços de assistência ginecológica,
obstétrica e neonatal. Especialmente na região de Balsas, foi observada uma
redução significativa não apenas na mortalidade, mas também no near miss
materno e neonatal — termo médico usado para se referir a casos em que uma
gestante ou recém-nascido enfrenta complicações de saúde que os colocam em
risco considerável de morte.
Desde 2016, a OPAS, braço regional da Organização Mundial da
Saúde (OMS), apoia o Maranhão nessa área. O acordo de cooperação entre a
agência da ONU e o governo local busca reestruturar a Rede de Atenção materno
infantil em todo estado. Outro objetivo é articular a rede ao sistema de
vigilância em saúde, a fim de diminuir os indicadores de mortalidade,
especialmente entre mulheres e crianças.
A parceria com o organismo internacional abrange ações para o
cuidado da mulher, com a qualificação da atenção pré-natal e o fortalecimento
de iniciativas de planejamento reprodutivo.
A colaboração também prevê a implementação em nível estadual
da estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia, que é desenvolvida pela OPAS
em parceria com as autoridades nacionais e subnacionais de saúde de seis países
– Bolívia, Brasil, Guatemala, Haiti, Peru e República Dominicana.
Por meio dessa iniciativa, a OPAS e seu Centro
Latino-Americano de Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR)
mobilizam governos, sociedade civil e comunidades. A proposta é envolver esses
atores em ações conjuntas, que acelerem a redução da mortalidade materna grave.
O programa visa melhorar o acesso e a cobertura dos serviços de saúde, os
sistemas de informação, a comunicação e as intervenções para as equipes de
saúde.
A estratégia tem ajudado a salvar a vida de várias mães,
incluindo a da moradora de Balsas Karolene Gomes Pereira, uma das personagens
do vídeo acima.
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