Até que enfim o reconhecimento! Curupá, Macacos e Brejim são reconhecidas como comunidades quilombolas.
Até que enfim o reconhecimento!
Curupá, Macacos e Brejim são reconhecidas como comunidades quilombolas.
Por ironia do destino, justamente numa sexta feira, 13, recebemos a
alegre noticia de que a Fundação Cultural Palmares certificou 26 comunidades
quilombolas no Maranhão, dentre elas três no nosso município, Curupá, Brejim e
Macacos.
O Maranhão é um dos cinco estados da federação com legislação
constitucional que reconhece o direito a terra pelas comunidades quilombolas.
Ano passados fizemos uma visita a estas comunidades, veja o
relato do blogueiro Smith Rosa.
Corredeiras da Taboca - Rio Parnaíba |
Vista do Curupá |
Chegamos ao nosso destino de surpresa, onde fomos recepcionados
pelo líder Raimundo. Depois dos cumprimentos e apresentação da parte de nossa
equipe, o patriarca que embora sem estudo algum, carrega um grande conhecimento
de vida e uma conversa agradável, com sua cordialidade e presteza se colocou à
disposição para responder às nossas indagações sem perder o clima de
brincadeira.
Durante o nosso bate-papo com vários questionamentos sobre
suas origens, seu Raimundo contou-nos sobre a criação de uma associação para
buscar melhorias para aquela localidade, falou de um descendente de maior idade
que mora no Estado do Tocantins e foi trazido para esta assembléia da criação
da entidade, da legalização das terras que hoje residem e trabalham, da sua
primeira viagem a Alto Parnaíba, isso quando tinha 11 anos de idade, do
abandono por parte dos nossos governantes, das enganações e ingratidão que
sofrem na localidade. Enfim, seu Raimundo é um velho conhecedor das origens do
seu povo e das ciladas da vida.
Embora a fundação Palmares já reconheça aquele povo como
descendentes de quilombola e o mesmos esteja associados a uma entidade de
classe, seu Raimundo diz que ainda continua à espera de benefícios que poderiam
ajudar a desenvolver a comunidade. Entre as alegações do patriarca, teve
destaque a falta de energia elétrica que está a menos de 20 km, estrada e
escola, fatores tão importantes para uma vida digna.
Enquanto tais benefícios não chegam àquela localidade, seu
Raimundo que é pai de 11 filhos, continua morando em companhia de duas filhas
deficientes e sem a companhia de sua esposa que foi obrigada a mudar-se para a
cidade, a fim de fazer companhia a um filho que precisa estudar.
Desta forma e com seu espírito de luta e trabalho, seu
Raimundo continua sua labuta diária.
Carlos Biah, se eu estivesse aí neste período gostaria também de ter ido com vocês. Bela notícia.
ResponderExcluirAtenciosamente, Lindolpho do Amaral Almeida