Flávio Dino - 6 meses de Diálogos pelo Maranhão


Compartilhar experiências e discutir soluções para os problemas socioeconômicos do Maranhão. Estes são os objetivos do Movimento Diálogos pelo Maranhão.




Artigo de Flávio Dino


Há exatos seis meses começávamos, em Imperatriz, um amplo debate sobre as condições de vida da população, em busca de soluções para os principais problemas de nosso estado. Ali se iniciavam os Diálogos pelo Maranhão, nome que marca e impulsiona o nosso movimento.

A proposta surgiu a partir da união de diversas forças políticas que, juntas, acreditam que o Maranhão necessita de um novo caminho. Para tanto, o movimento Diálogos defende um projeto político-administrativo pautado em três eixos principais: a Democracia, a Igualdade e o Desenvolvimento.

Elaboramos juntos um manifesto, que foi lançado em 15 de março deste ano na região tocantina e que tem sido debatido por todo o Maranhão. No documento, apresentamos o diagnóstico de um quadro social que precisa ser superado, e apontamos as propostas capazes de trazer oportunidades para nossa gente e valorização das riquezas que pertencem a todos.

Nessas andanças, estamos sempre atentos àquilo que nos dizem. Já passamos por mais de 40 cidades do Maranhão, em todas as regiões, ouvindo milhares de pessoas – cada uma com sua história de vida e de esperanças de uma vida melhor.

Muitos depoimentos me emocionaram ao longo dessas jornadas, alguns deles narrados nesta coluna. São relatos de pessoas que querem ter acesso a serviços públicos de qualidade, que precisam de mais atenção por parte do Poder Público e que querem ter acesso aos direitos que lhes são garantidos pela Constituição e pelas leis.
 
Flávio Damasceno, João Lima, Carlos Biá e Flávio Dino
Diálogos pelo Maranhão em Alto Parnaíba - MA
São casos de famílias saudosas dos seus filhos que tiveram que sair do estado para ter acesso a emprego; de cidadãos que peregrinam de pequenas cidades até outros municípios em busca de atendimento médico; de comunidades que lutam para ter seus direitos mais básicos reconhecidos, como o de ter acesso à água ou à terra; e tantos outros exemplos de carências que colhemos Maranhão afora.

Todos esses relatos demonstram que é preciso reunir cada vez mais ânimo, entusiasmo e estar disposto a caminhar ao lado daqueles que acreditam que é possível e é necessário avançar. E sempre com a alegria de quem se dedica a uma causa justa, sem nenhum ódio ou rancor, olhando sobretudo para o futuro.

Ouvir o que as pessoas têm a dizer é o passo fundamental para se ter um diagnóstico real das condições de vida no Maranhão. São essas pessoas que sofrem concretamente com aquilo que, abstratamente, é retratado pelos institutos de pesquisa nacionais: os péssimos indicadores sociais do Maranhão, que escandalizam toda a Nação.

À vista de tanto sofrimento, não temos o direito de ter medo de chantagens, perseguições, retaliações, desse grupo que há 50 anos se apossou da coisa pública e teima em se eternizar para concentrar ainda mais riquezas e privilégios. O reino da imoralidade chegará ao fim.
  
Do sucesso do movimento Diálogos pelo Maranhão, extraímos a certeza de que muito em breve haverá no nosso estado o império da lei e da justiça. E temos a convicção de que as escolas, hospitais, universidades, estradas, empregos, tantas vezes prometidos e propagandeados, finalmente vão fazer parte da vida de todos os maranhenses.

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