OS OLHOS DO ASSUM PRETO
Tal e qual
furaram os olhos do assum preto,
Tal e qual também
minha alma definhou
Em decorrência
disso eu canto aberto
Em decorrência
disso o medo se acabou
Agora então
posso falar da minha história
E da
historia que minha mãe ensinou.
Falar do
rio, do poeta e da memória.
Nessa viola
que o mundo me entregou
E passa
povo, passa boi, passa boiada.
Pela cancela
chega ao porto cruzador
Como a
jacuba, leite, puba e carne assada.
Nessa panela
que a fuligem empreteijou
Furaram os
olhos pra ele cantar melhor
Minha alma
indo, libertei meu coração
Se estou
vivo é pra tocar minha jornada
Não tenho
medo de tamanha escuridão
“Sertão, mãe
de todas as águas.
Sertão, pai
de todas as sedes
Sertão, que
grita a seu modo
Desordenando
as chuvas
Para que não
golpeiem
A sua
monotonia”.
Salve o Rio Parnaíba
!!!
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