VAQUEIRO, UMA APOSTA SOLIDÁRIA Caros amigos, bom dia!. Ontem recebi a incumbência de escrever um texto para ser postado por ocasião da Missa do Vaqueiro. Pedido feito por Carlos Biah. Pedido aceito! Seu Raimundo, morador do povoado Macacos São quase quatro horas da manha, e o dia já tateia a cidade. Nesse momento um vaqueiro se aproxima e inaugura a madrugada numa síntese inesperada de ruptura e integração. O casco de seu cavalo, ainda molhados pelo orvalho, fatiava o cetim adormecido nas ruas esburacadas, parecendo deslizar pela brecha estreita do tempo que antecede essa manhã. -Bom dia seu moço! Bom dia. Quem o conduz é o vaqueiro “Raimundo Ribeiro ”, que traz consigo seu cão inseparável: Xavante, o vira lata que vive no sertão, confere diariamente seu compromisso com o dono. Uma camaradagem contida e silenciosa que dispensa complementos. Quando o Vaqueiro apeia, revela com esmero suas perneiras, o guarda-peito, o gibão. Seu chapéu adornado com trancelim de bordas de