OS OLHOS DO ASSUM PRETO
Márlon Reis Tunico Mascarenhas Corredeiras da Taboca/ Rio Parnaíba - Alto Parnaíba - MA Tal e qual furaram os olhos do assum preto, Tal e qual também minha alma definhou Em decorrência disso eu canto aberto Em decorrência disso o medo se acabou Agora então posso falar da minha história E da historia que minha mãe ensinou. Falar do rio, do poeta e da memória. Nessa viola que o mundo me entregou E passa povo, passa boi, passa boiada. Pela cancela chega ao porto cruzador Como a jacuba, leite, puba e carne assada. Nessa panela que a fuligem empreteijou Furaram os olhos pra ele cantar melhor Minha alma indo, libertei meu coração Se estou vivo é pra tocar minha jornada Não tenho medo de tamanha escuridão “Sertão, mãe de todas as águas. Sertão, pai de todas as sedes Sertão, que grita a seu modo Desordenando as chuvas Para que não golpeiem A sua monotonia”. Salve o Rio Parnaíba !!!